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quinta-feira, 8 de setembro de 2011




Sem destino


Sai de casa sem rumo, sem pensar onde iria
O sol estava se pondo e logo
O céu estaria coberto de estrelas.
Pelo caminho encontrei vários casais
Namorados ou não, grudados,
Exibindo seus carinhos para todo mundo ver
Hoje é natural. Exibem-se mas nada sentem
Beijam por beijar. Se esfregam por todo lado
E ninguém nota tesão em nenhum dos dois.
Diferente de antigamente. Um aperto de mão,
um rosto colado numa dança, um blue.. um bolero,
um beijo roubado, mãos acariciando minhas costas,
palavras sussurradas ao ouvido, um frio na espinha...
Nada mais gostoso poderíamos desejar
Era tudo feito com amor, com a alma
a sonhar o que viria depois, quando casados.
Seríamos um do outro, de corpo e alma...
E o pensar nisto era divino, tinha sabor não sei de que
Talvez um morango bem doce, um champagne gelado
Num copo comprido, a espuma fervilhando,
Como se fosse nosso coração a sentir tanto desejo.
Antigamente...Ah!...antigamente... como tudo era belo
A inocência criança esperando pelo momento
de se entregar pura ao homem amado, escolhido
A vida passa e a gente não vê...
Ninguém valoriza o presente e depois..
Depois será tarde para recuperar o que perdeu
E aquele momento sublime jamais voltará,
Assim como a mocidade perdida, esquecida
Nas páginas de um livro qualquer, de fotos
amareladas pelo tempo...
Sem destino, sigo meu caminho tentando
Voltar à vida real, ao meu presente que agora,
é triste e sem cor, sem brilho e sem amor..


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